Blog

Blog

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

'' M E U – S E N T I M E N T O ''

[ M E U – S E N T I M E N T O ]
----- VERSOS - SERTANEJOS - ESCRITOS - POR -----
--- ‘’Z E Z É ‘’  G O N Ç A L V E S ---
***** ''ZEZÉ'' GONÇALVES *****
************************************************************************
1
Quando á Tarde Vai Morrendo-Eu Cinto entristecer essa Imensidão-
Contra vontade Vai Corroendo-Me Fazendo-Uma triste Insatisfação-
Daí fico Debruçado ali Ná-Janela-Desse Meu Pobre triste Ranchinho.
Acabrunhado só Pensando Nela-Ê Ná-Mãe Natureza Contemplando-
Nesse Silencioso Imenso Sertão-Mais Uma-Tarde que Vai Findando-
Ná-Onda do Vento Uma-Canção-Distante Sabiá-Cantando Baixinho?
2
Calmamente Tarde Ensolarada-Ou Fria no Poente Vai-Despedindo-
Sol atrais de alguma Quebrada-Raia Avermelhada-Vai-Encobrindo-
Abrindo-Enorme Manto da Sombra Cobrindo-Toda Relva ê Terreiro.
Do Recinto-Daquela Mata Arromba-Vai penetrando nesses Ouvidos-
Saído-Daquele Imenso Matagal-Ê Lá Vem aproximando, os Latidos-
Daquele Meu Amigão-Animal-Cão-Vigilante Cachorro Perdigueiro?
3
Esse Meu-Herói Valente Cachorro-Muito Corajoso-Cão-De Guarda-
Meu-Sentinela prestando Socorro-Um-Guerreiro Soldado sem Farda-
Cachorro Fais Vigia á Proprietário-Dum-Ranchinho Eu Sou Morador.
Destino caprichoso arruína Diário-Numa dessa triste Tarde Rasteira-
Deus Pai com Ele um Dia Levou-Boa Meiga Cabocla Companheira-
Á-Triste-Saudade ferido Deixou-Meu-Sentimento Existe-Muita Dor?
4
Ali no Recinto á Meu-Ranchinho Era Nós 3 Com Felicidade União-
Guardando Rancho Meu-Ninho-Dê-Noite Arredor Patrulhava ú Cão-
Diariamente mostrava tal Sua-Arrogância nalgum Perigo Quê-Surgia.
Com Noite Escura ou Dê-Lua-Depois Fiquei Solitário nesse Mundo-
Pobre Amigo Meu Cão Perdigueiro-Mostrava Sentimento Profundo-
Ao Mi Ver Sozinho ali no Terreiro-Ou Falando as Paredes Moradia?
5
No Meu-Peito Saudade Machuca-Ferindo depois, que Ela Despediu-
Meu-Coração acelera Dói Nuca-Minha Alegria Ná-Surpresa Sumiu-    
Á-Certo momento fico Vagando-Ao Leu, Sem aquele nada Entender.
Minha Vida-Sofrida-Imaginando-Onda Ventinho, Soprando-Espaço-
Bendita Saudade doida Dê-Momento-Dela-Quê-Dormia nesse Braço-
Daí faz Castigar-Aumentar-Sentimento-Faltando Ela-No Meu Viver?
6
Essa Cabocla pra Mim era Tudo-Agora Vou Vivendo Sua Ausência-
Sem Ela-Tristeza é Meu-Escudo-Vaporou eternamente Convivência-
Nesse Meu-Sertão-Não-Encontro-Mais Aquela-Meiguice Felicidade.
Agora no Meu-Viver Defronto-Em Sentimento Coração-Machucado-
Com esse Meu-Destino Bendito-Ná Lona acabei tristonho Frustrado-
Assim Levo Viver meio Aflito-Alimento com Amargura ê Saudade?
7
Desse Jeito até ú Cachorro Meu-Valoroso Cão-Perdigueiro Amigão-
Estando no Rancho também Seu-Nele Eu-Prescindo, á tal Desilusão-
Cão-Dê-Olhão-Sê-Lagrimando-Agente-Sente Cão-Querê-Perguntar.
Quando Mê-Ver Eu-Encucando-Com Saudade dá Cabocla Sentindo-
Cachorro Não-Fala alí Uiva Atoa-Por Não-Vê-Seu-Patrão-Sorrindo-
Até Meu-Cão-Sente falta Dá-Patroa-Quê-Saiu no Caixão-Á-Passear?
8
Parece incrível Eu-Falo Dê-Boca-Doido, Meu-Cachorro Estimação-
Igual Eu-Ele Sente Tal Cabocla-Faltando Nú-Ranchinho Beira Chão-
Nú-Meu-Sertão-Ali-Cinto Vazio-Ausente daquela Sombra Dí-Mulher.
Duma Fêmea Humana Cinto Frio-Cabocla Mí-Aquecia apos Deitava-
Nós Abraçado em Nossa Cama-Ali-Agarradinho á Noite Ressonava-
Imbuído com Amor em Chama-Isso Vaporou Seja Quí-Deus Quiser?
9
Sozinho Aqui-Vou Caminhando-Nesse velho Mundo cheio Dí-Ilusão-
Curtindo tal Saudade Sufocando-Depois ter Perdido Cabocla Paixão-
Aquela Fiel Feminina Humana-Morena mais Linda Quê-Uma tal Flor.
Chegou ú Dia-Quê-Deus-Chama-Cabocla foi morar no Alem Infinito-
Algum Dia-Deus-Pai Onipotente-Vai Mê-Buscar desse Chão Bendito-
Deixarei Viver Eu-Sou Gente-Ê-Acaba ‘Meu-Sentimento’ Por-Amor?
-- F I M - A N O - 1. 9 4 8 --‘’ Z E Z É ‘’  G O N Ç A L V E S --

2 comentários: