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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

“ S A U D O S A – D U P L A – D I N O B R A Z – Ê – Z É A M A R O ''

“ S A U D O S A – D U P L A – D I N O   B R A Z – Ê – Z É A M A R O ”
---VERSOS-SERTANEJOS-AUTOR-“POETA SOLITÁRIO”-“ZEZÉ” GONÇALVES---
*DINO BRAZ*E*ZÉ AMARO*VIOLA*E*VIOLÃO*
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1
Ali na Ária da Minha Varanda-É toda de Vidro Fechada-De Dia lá Eu durmo hora Passada-
Aquela Saudade-No Peito Desanda-Na Minha Idade-Avançada-Levando Vida Aposentada.
Lá naquele Velhinho Sofá-Meu Esqueleto senti Descanso-Bem sossegado tiro sono Manso-
Tranqüilo Eu saio á Contemplá-De fazer isso não mi Canso-Ê ali no sentido Eu mi Balanço.
Vou-Recordando Tempo-Que Passou-Nesse decorrer da Vida-Momento-Á Fase Advertida-
Certos humanos aqui já nós Deixou-Desse Chão-Deu Despedida-Em Sua Missão-Comprida.
Irei Lembrar-Saudosa Dupla Relatar-Eram esses dois, Dino Braz-Digno Parceiro Zé Amaro-
Esses 02 gostavam de Cantar-Ôilá-Rí Lá-Raí-Que Vai-Í não volta Mas-Igual Tiro á Disparo?
2
Nú Bairro Paiol Velho Eles Moravam-Dino Braz, possuía Terra-Zé Amaro era um Camarada-
Os 02 Personagens Se Separavam-Dino, Morava-Numa Serra-Zé Amaro numa meia Baixada.
Dino Braz fora da Fazenda Residia-Zé Amaro na Colônia Morador-Foi Homem Trabalhador-
Dino, Café Banana Milho Produzia-Zé Amaro no Cafezal era Podador-Í Enxadeiro com Valor.
Tem uma coisa Eu não posso Aprovar-Aonde que Eles Nasceram-Mas ali Eles, si Viveram-
Era cada um na sua, Vivia á Trabalhar-Esses Amigos lá Permaneceram-Ali não Faleceram. 
Ú Dino Braz Ponteava Viola era Compositor-Zé Amaro, Violão Tocava-Muito Bem Cantava-
No Bairro Paiol Velho Eles foram de Humor-Eles o Povão Alegrava-Em nada Reclamava?
3
Essa Boa Saudosa Dupla Sertaneja-Com seus estilos de Cantores-Sempre foram Amadores-
Simples homenagens Agente Almeja-Deles fui Amigo Conhecedores-Foram dois Lutadores.
Nas Rezas, Santo Antonio, São-João-São-Pedro-Eles Não-É  Enredo-Muitas Rezas Juninas-
Eram convidados cada Folgazão-I-Bão-Amigão-Í-Eles sem Medo-Cantavam paras Meninas.
Lá pra outros Bairros á Dupla Saia-Eles Cantavam Bem de Graça-Dino Fazia-Sua Trapaça-
Í Tocando Viola Dava-Rasteira não Caia-Dino Mostrava-Sua Raça-Ê Gostava-Da Cachaça.
Zé Amaro mais Reservado-Ele não Bebia-Não Apreciava-Tal Bebida-Í Adorava-Boa Comida-
Eles Cantava-Em Bairro Retirado-Feliz Levava-Lá tal Vida-Nunca Cobrava-Sua volta ê Ida?
4
Esses dois homens Foram-Da Roça-Todo Trabalhava-Era Violeiro-Eram também Catireiro-
Todo era da Lavoura-Pele Grossa-Eles ali Plantava-Pra ter Dinheiro-Era assim Ano Inteiro.
Em qual quer uma de sua Casa-Lá de Noite Acontecia-Uma Cantoria-Í era quase todo Dia-
Ê Nós Igual Passarinhos á Asa-Batia-Em Companhia-Prá-Lá-Seguia-Í procurando Alegria.
Na Casa-Do Zé Amaro-Ou do Dino-Tristeza-Ali Não-Morava-Dupla Cantando-Sapateando-
Em Brasa-Preparo-Ê Tinindo-Beleza-Mão-Queimava-Acompanhando-Poeirão-Levantando.
O Piso-Chão Batido-Casa do Dino-Era de Telhado-Parede á barro Rebocada-Í Boa Morada-
Á Improviso-Reunido-Homem, Menino-Á Rodeado-Í Sapateado-Em Palmada-Controlada?

Casarão-Do Zé Amaro era Coberto-Com Sapé-Ao lado um Terreirão-Perto-Dum Capoeirão-
Piso do Chão-Nada de Concreto-Reboque de Pé-Lá avia Bailão-Dançava Correto-No Salão.
Fazenda do Meu-Avô muito Chão-Tempo Bão-Tal Dia isso Acabou-Pra Brazópolis-Mudou-
Ú-Dino Vendeu-Seu-Quinhão-Apurou-Milhão-Nú-Bar Estabilizou-Ná-Metrópoles-Dai Fechou.
Zé Amaro Comprou-Casão-Ambos Vierão-Prá-Cá-Aqui tudo Findou-Á-Dupla Deus Levou- 
Lá-Paiol Velho foi Meu-Chão-Ali-Agente Nasceu-Obtivi-Criação-Aqui-Vivi-Eu-Aqui-Mi-Estou.
Saudade-Sinto-Daquela-Companheirada-Vidão-Bela-Ê Não-Minto-Em Nada-Digo Verdade-
Realidade-Prá-Janela-Finalidade-Voada-Imensidão-Luz Dá-Vela-No Caixão-Ê-Sem Piedade.
Eternidade-Á-Deus Universo-Dino Braz, Zé Amaro Ná-Vontade-Canta Verso-Quê-Saudade?
---F I M – A N O – 2. 0 1 1 --- “ Z E Z É ”   G O N Ç A L V E S ---

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