[ R E M I N I S C Ê N C I A S
– D Ú – S E R T Ã O ]
--- VERSOS–SERTANEJOS–ESCRITOS–POR
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‘’ Z E Z É ‘’ G O N Ç A L V E S ---
*ESTRADA NÚ SERTÃO*''ZEZÉ'' GONÇALVES*PAISAGEM*
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1
Aqui todas Reminiscências
São-Coisas pra Gente sempre Reviver-
Eu Vou Relembrando em
Tudo-Aquilo que foi Historia, no Passado.
Com tudo quanto foi
Importante-Ficará pra Agente nunca Esquecer-
Enraizando nessa Minha Cachola-Computador
Humano Valorizado.
Á tal Reprise da Lembrança
Que-Ficou na minha mente não Apaga-
Á Minha Rica Memória é
Uma-Fogueira com tal Sua chama Acesa.
Ascendida com a Brisa do
Vento-Ê Voando sem Destino, ela Vaga-
De acordo para onde ali
Puxar-Pra Imensidão, dessa Mãe Natureza?
2
Ôi quero Relatar certas Coisas-Nessa
[Reminiscências do Sertão]-
Tempão Antigo foi Utilidade Cada-Qual um Objeto prá Seu Sentido.
É pra Alguém Querer-Certo Dia
Ler-Depois Fazer-Alguma Gozação-
Sair Dizendo isso tudo Aqui-Já
era ê podemos deixar ali Esquecido.
Sempre Existiu ali em
Nosso-Sertão Estrada-Mal Cuidada-Estreita-
Com todos Pontilhões feitio
Em-Madeira quase sempre Esburacado.
Com aquelas grandes
Porteiras-De Tabua com Feitio até bem Feita-
Sempre pra dividir uma Certa-Distancia em Caminho
Atravessado?
3
Ê Por ali desfilava em Roda De-Ferro Fazendo, Baita
Trilha no Chão-
Carros de Bois eram Arrastados
Por-Juntas, em dois naquela Boiada.
Carroça, Charrete, á Grande Ou-Pequena
Bagageira, até o Carroção-
Deixando para trais Igual
Fosse-Saudade, Rasto no Leito da Estrada.
Quando preparava Terra para
Qual-Quer Plantio, com Boa Semente-
Era naqueles Arados, de Boi Ou-Cavalo,
tudo por Animal Arrastado.
Nesse Tempo qual quer Terreno-Era
grande, o movimento de Gente-
Grade de madeira de Grandes-Pregos
Terrões ficava lá Mesgalhado?
4
Bons
Carreiros-Tropeiros-Usava-Botas Polainas i Cobria o Sapatão-
Assim eram Seus fadários
Carreando-Tropeirando-Todo Dia Inteiro.
Todos Camaradas mais Humildes-Andava
descalço Pés ali no Chão-
Cada qual contente
Compromissado-No Intuito em ganhar Dinheiro.
Juntas di Bois di Carro Canga
No-Pescoço 04 Canzis com Tiradeira-
Cavalo Burro di carga
Usava-Cangalha 02 Jacás Taquara ou Bambu.
No formate de Reio á
Conduzir-Seus Pupilos Trançado de Primeira-
Carreiro empunhava
Comprida-Vara de Ferrão, Madeira Guatambu?
5
Aqueles Engenhos Braço
De-Madeira, Igual Balança sempre Usado-
Na Moagem de Cana pra
Produzir-Garapa fazer Melado i Rapadura.
Avia Engenho quase mesmo Tipo-Moia
Barro pro Tijolo Queimado-
Tudo isso pela Tração em
Animal-No Vai Vem, daquela Vida Dura.
Ali cada Proprietário do
Campo-Procurava seu Dinheiro pra Defesa-
Monjolo Levantado na Bica-D.Água
Cascava Arroz ê Café no Pilão.
Água funcionava pequena
Usina-Elétrica produzindo tal Luz Acesa-
Debulhador-De Milho i
Descascador-De Mandioca girando na Mão?
6
Os Fazendeiros ê Sitiantes
Colonos-Todos criavam Porcos i Leitões-
Ê
outros criames miúdos Todo-Possuía, Frango Galinha no Terreiro.
As Casas de Pau a Pc. Coberta
De-Sapé pequenas grandes Casarões-
Quase toda Casa avia
Fornalha-Fogão de Lenha, á Gosto do Caseiro.
Parede Amarrada com Cipó
Com-Barro Batido era todas Rebocadas-
Portais de Acentos, de Porta
Janela-Quase sempre feito no Machado.
Pintura da Casa fazia o
Barro-Tabatinga Cor branca ou Amareladas-
Ê para Clarear Piso do Chão
Batido-Tabatinga Branca era Aplicado?
7
Aquele Povo não pensava Morar
Na-Cidade tal Roça era Satisfação-
Vida Humilde com Amor Ê-Sinceridade,
tudo era mais Considerado.
Usava Chapéu á Palha Roupa-Simples ouvia Radio nunca
Televisão-
Luz á Lamparina ê Lampião Muitas-Vezes
no Azeite era Queimado.
Com Tempo coisa
Evoluindo-Querido Sertão vai é virando Historia-
Quase tudo que Eu Relatei
Não-Existe mais, agora só Luxo Vaidade.
Vai sumindo pro Espaço-Em
acelerado Paço-Tal Amor já foi Gloria-
Pobre Sertão-Ficando
Deserto-Tal Povão-Esperto-Muda pra Cidade?
8
Certo dia Voei-Dá-Roça-Deixei-Á-Ser Pele Grossa-Aonde Tive Vitória-
Eu também Mudei-Vivia Dá-Vida simples Lá-Morei-Guardo Ná-Memória-
Reminiscências Dú-Sertão-Dói Nú-Coração-Ê-Foi-Felicidade-Ôi-Lá-Quê-Saudade?
--- F I M – A N O – 2. 0 0 0 --- ‘’ Z E Z É ‘’ G O
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