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quinta-feira, 16 de abril de 2015

'' S O U - S E R T A N E J O - D Ê - C R I A Ç Ã O ''

'' S O U – S E R T A N E J O – D Ê – C R I A Ç Ã O ''
----- VERSOS - SERTANEJOS - ESCRITOS - POR -----
----- ‘’ Z E Z É ‘’  G O N Ç A L V E S -----
**BENDITO-SERTÃO-BRUTO-BONITO-É-SALVE-BÃO-FRUTO*'ZEZÉ' GONÇALVES** 
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1
Eu fui Nascido ê Criado Na Roça-Trabalhei fiz, quase de Tudo-
Nos Trabalhos que ali Existia-Em Nosso, Queridíssimo Sertão.
As Vezes certo momento Fico-Imaginando quieto quase Mudo-
Ê Sentindo Teimosa Saudade-Igual Espinho, Ferindo Coração?
Lembrar a tantas Coisas Boas-Que ali no Passado, Eu Utilizei-
Fazendo qual quer um Serviço-Com Meu Amor, tal Dedicação.
Mais com tal passar do Tempo-De tudo aquilo, um Dia Deixei-
Aos poucos dali fui Ausentando-Sem querer, perdi a Condição?
2
Á muitos Anos atrais Antigamente-Prá Roça, era Simplicidade-
Todo aquele Povão não Reclamava-Vivendo, com a Satisfação.
Todo Pessoal cuidava Daquele-Compromisso, na Honestidade-
Cada um Levava Vida Humilde-Ali com quem, era Seu Patrão?
Isso era Igual do mais Pequeno-Sitiante, ao maior Fazendeiro-
Todos dependentes era Considerado-Não Avia Descriminação.
Fielmente todos Trabalhavam Alegre-Ganhando Seu Dinheiro-
Grande maioria Morando Em-Palhoça, Ranchinho Beira Chão?
3
Na Querência quase Todos Moradores-Sua Casa era Escuridão-
Naquele Velho Tempo Não-Existia Roça com á Luz Eletricidade.
     As Humildes Moradias eram Clareado-Na Lamparina ou Lampião-     
Cada Rosto daquela Gente-Demonstrava, Reprise da Felicidade?
Era dificilmente Agente Ouvir-Alguém, lá Lamentando Sua Sorte-
Todo Contentava-Com que possuía ê Mostrava-Á Solidariedade.
Defrontando com tal Vida Dureza-Por mais que era o Seu Porte-
Pisando firme encima da Terra Bendita-Í Lutando com Vontade?
4
Com bastante Coragem Pensando-Em Deus Ele naquela Boa Fé-
Para matar Sua Fome fazia Suas-Plantações, durante aquele Ano.
Ficava na expectativa Aguardando-Colheta Boa para certar o Pé-
Quando não acontecia um contra Tempo-Era garantido Seu Plano?
  Assim todos Sertanejos Espera-Que á Sorte não Sejam Madrasta-   
Desse Jeito continua Pensando-Queimando-Sua Cuca Imaginação.
Sertanejo não desiste Quando-Uma coisa favorece, outra Arrasta-
Mesmo com alguma Divergência-Pensar em fraquejar, isso Não?
5
Mais o Nosso Tempo foi Passando-A Roça foi Ficando-Estranha-
Devagarzinho quase sem Perceber-Foi sofrendo, a Transformação.
Aquelas Ferramentas Antigas-Utilizados, em Planície ê Montanha-
Elas foram perdendo os Seus Espaços-Com essa tal de Evolução?
Muitas dessas Ferramentas Empunhei-Igual Eu estou Aposentado-
Aquela Enxada 2 Libra ê Meia-Aquele seu Companheiro Enxadão.
Ê aquela Velha Foice Bem Amolada-Com Seu, Parceiro Machado-
Todas essas Ferramentas Amigas-Fizeram Calos, em Minha Mão?
6
Devagar Lentamente Vai Desaparecer-Quase todo, Serviço Braçal-
Uma certa maioria Daqueles Lavradores-Vão Ficando Sem Opção.
Aqueles dependentes das Fazendas-Que Trabalham com o Animal-
Agora também Vai trocando Por-Maquinas, Tratores, ê Caminhão?
Toda Colônia perdendo Seus-Moradores outros Rumos Inspirando-
Morar na grande ou pequena Cidade-Daí Vai aumentando ú Povão.
Com o grandioso tranqüilo Sertão-Quase, sem Gente está Ficando-
Tal favorecimento pra Muita Gente-Vai Causando triste Desolação?
7
Eu Também Perdi Meu Espaço-Fui Trabalhador, da Roça Querida-
Muito Tempo Esmurrei Ponta De-Faca, em Meu Pequeno Quinhão.
Agora Lhê Aposentei-Moro em Brazópolis também Mudei-De Vida-
Muito Tempão Briguei com Á-Dificuldade para Buscar Alimentação?
Agora Vivo Tranqüilão? Igual-Xororó prá Minha Moita Escondidinho-
Muitas Vezes tal Bendita Saudade-Provoca, Boa ê Feliz Recordação.
 Mais aqui nesse Peito Eu Guardarei-Á Lembrança do primeiro Ninho-
Agora Meu Restante de Viver-Não quero Esquecer-Dou Declaração?
8
Aposta-Fé-Viver-Simplicidade-Até-Eu-Falecer-Ê-Saudade-Dói-Coração-
Ói-Porquê-Mostra-Meu-Semblante-Atuante-''Sou Sertanejo Dê-Criação''?
----- F I M - A N O - 1. 9 9 6 - ‘’ Z E Z É ‘’  G O N Ç A L V E S -----        

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