'' M E U - O B J E T I V O - P A R T I C U L A R ''

'' M E U – O B J E T I V O – P A R T I C U L A R ''

--- VERSOS-SERTANEJOS-AUTOR-‘’POETA SOLITÁRIO’’ ---

--- ‘’ Z E Z É ‘’  G O N Ç A L V E S ---

*****CARRO*BRANCO*ÔI*BOI*CARREIRO*CAMBITEIRO*ARANDO*TERRA*****

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1

Foi um Dia de Terça Feira-Na Estrada com Poeira-De Carro, Nós ia Rodando-

Eu com Companheiro-Procurava tal Arrendeiro-Minha Terra Tava Arrendando.

Eu ê Rodolfo no Carro Branco-Fazia Poeira entre Barranco-Solo dú Caminho-

No Meu Terreno tinha Ido-Mais não tinha Conseguido-Encontrar ú tal Vizinho. 

Ali onde foi Nossa Morada-Á Casa Dele tava Fechada-Bem perto ali de Lado-

Eu com tal Companheiro-Conversava lá no Terrreiro-Aonde Eu Tinha-Morado.

Aquela Viagem Tinha-Objetivo-Era dum Negocio Positivo-Que Nós Tinha-Feito-

Com esse Meu Arrendeiro-Fizemos contrato Verdadeiro-Ê podia ser Desfeito?

2

No contrato já Esclarecia-Que futuramente Podia-Entre Nós um Dia-Desfazer-

Ante Edymar Arrendou Primeiro-Por 02 Anos pagou Certeiro-Até dia Vencer. 

Segundo contrato 03 Anos-Entre Nós Combinamos-Á Terra Eu vou Negociar- 

Daí uns Meses Somente-Surgiu Bom Negocio no Repente-Ê Veio Concretizar.

Meu pequeno Quinhão-Quase 04 alqueires ú Chão-Herança da Companheira-

Seu Pai deixou pra Ela-Curtimos uma Vida Bela-Mundo Ilusório sem Porteira. 

Minha Mulher foi ao Finado-Com Maria fui Casado-Perdi Ela pra Eternidade-

Á Herança Barganhei-Em Casa 02 Moradas Apanhei-Em Brazópolis Cidade?

3

Por tal motivo fui Obrigado-Tal Arrendeiro Ser Avisado-Esse era, Meu Dever-

Naquele Terreiro de Casa-Sol quente igual Brasa-Tal Cavaleiro veio Aparecer.

Foi Meu Amigo Juarez-Do Edymar perguntei uma Vez-Ele está Arando Terra-

Lá pro Dito Melo tá Trabalhando-Á Estrada fomos Pegando-Baixadão ê Serra.

Bairro Teodoro seu Paradeiro-Ali estava o Arrendeiro-Tal Homem Procurado-

Foi difícil Nós-Encontrar-Foi preciso Nós-Perguntar-Á um Senhor lá Sentado.

Próximo de uma Baixada-Ali era antiga Morada-Do tal Dito Melo? Fazendeiro-

Ele sempre Amigo da Gente-Ali tudo está Diferente-Eu i motorista Forasteiro?

4

Bairro Teodoro tenho Parente-Dali Anos Sou Ausente-Era tal Desconhecedor-

Nós naquele Carro Branco-Assentado ali no Banco-Motorista Seu Acelerador.

Rodolfo Dias, com Ele á Barganha-Nós na Terra Estranha-Tava meio Perdido- 

Ali fizemos uma Parada-Aquele Sr. ali com 02, Enxada-Á Ele fizemos Pedido.

Perguntamos se Conhecia-Edymar ú Carreiro ê Sabia-Onde tava Trabalhando-

Aquele Sr. Jeito Acanhado-Parecia estar ali Amuado-Na sombra Descansando.

Pro Rodolfo Dias, da Atenção-Sem tirar Olho do Chão-Í uma Visão-Tampado-

Ú esquerdo Olhar-Parecia Não-Poder Enxergar-Visão-Direita, Bem Regalado?

5

Tal Senhor foi Informando-Carreiro do Dito Melo ta Arando-Terra lá no Grotão-

Daí Ele Nós Orientou-Tal Caminho Vocês Passou-É Bem lá trais no Estradão.

Do Jeito que tava Falando-Sua vós fui Observando-Tal senhor não é Estranho-

Dentro do Carro Analisei-Com Sua conversa Pensei-Ele dono desse Tamanho.

Dali do Carro Eu Desci-Na frente dele agachei Conheci-Seu Rosto Queimado-

Era ú tal Dito Melo?-Chapeu de Palha meio Amarelo-Ele Por Mim é Felicitado.

Dito Melo Meu Conhecido-Daí ficou tudo Esclarecido-Sobre Terra foi Falando-

Isso tudo que aparece Aqui-Essa Terra Eu Adquri-Na Bucha, Fui Comprando?    

 6

Eu Digo Fiquei Admirado-Dá Terra que foi Comprado-Após anos Tão-Corrido-

Ele naquela Simplicidade-Com toda á Sua Humildade-Não-Mostrava ú Exibido.

Com Seu Humilde Jeitão-Possuem Alqueires em Chão-Que Ninguém Calcula-

Sua Terra mais de Cinqüenta-Quem viu Ele não Aparenta-É Macaco que Pula.

Não devia Descriminar-Seu modo ali di Apresentar-Não-Usamos Preconceito-

As Vês Apresentação-Bonita-Não-Passa de Farsista-Daí, Leva Tombo Sujeito.

Homem não Convencido se Diz-Se desfazer quebra Nariz-Ficando sem Saída-

Muito fica Desequilibrado-Perderá todo seu Rebolado-Fazendo parte da Vida?

7

Dito Melo lá Deixamos-Para trais Nós dois Voltamos-Pegamos-Outra Entrada-

No Grotão alto da Serra-Tava Edymar arando Terra-Ali confirma Conversada.

No final fiz que Eu Queria-Falei com Edymar nesse Dia-Terminando pra Boa-

Vim Embora Tranquilão-Meu pequeno Pedaço de Chão-Passei á outra Pessoa.

Peço Lá Deus Nós Ajude-Mil Felicidade nossa Atitude-Barganhar Propriedade-

Pra Roça Fui Lavrador-Naquele Terreno deixei Suor-Ê quero tal Tranqüilidade.

Rodolfo, Vai fazer que Eu Fazia-Em Seu dia á Dia-Mil Felicidade i Boa Sorte-

Deus Pai Bão-Demais-Ajuda Nós aqui? em que Fais-Bão-Sentido até á Morte?

8

Vivendo Temos que Movimentar-Cada qual á Seu Lugar-Ao Deus Pai, Quiser-

No Mundo Fiquei-Viúvo Agora-Não Jogarei-Á-Nada Fora-Herança da Mulher.

Meu Objetivo Particular-Porta Já-Fechou-Duas Entrar-Deus, Mostrou-Á-Mim-

Final-Vida na Roça-Era Nosso Sonhar-Olhar-Fez Possa-Irei Lembrar-Tal-Fim.

Ê-Por-Abuso-Valor-Poder-Adolfo Torres Renó-Ôi-Bão-Dê-Barão-Foi-Intruso-

Nú-Meu-Viver-Eu-Fiquei-Só-Sem-Ú-Bem-Querer-Maria?-Ê-Direi-Não-Recuso. 

Também-Faleceu-Amorsão-Dú-Dia-Á-Dia-Demanda-Desumana-Matou-Fulana-

Maria-Agente-Mudou-Nessa-Banda-Tristemente-Abeça-Lembrará-Á-Soberana?

--- F I M – A N O – 2. 0 0 9 --- ‘’ Z E Z É ‘’  G O N Ç A L V E S ---