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sexta-feira, 10 de julho de 2015

'' F A Z E N D A - V E L H A - D Ú - M E U - A V Ô ''

''F A Z E N D A – V E  L H A – D Ú – M E U – A V Ô ''
--- VERSOS - SERTANEJOS - DO - AUTOR - ‘’POETA  SOLITÁRIO’’ ---
---  ‘’ Z E Z É ‘’  G O N Ç A L V E S ---
*ANTONIO GONÇALVES TORRES SOBRINHO*
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Fazenda Paiol Velho?-Á Tal ‘’Fazenda Velha do Meu Avô’’ á Construção-Antiga-
Isso foi Naquele-Velho-Tempão-Passado-Aquele-Modelão-Era muito Adequado.
Aquelas-Gentes Quê-Conheceram Agora são bem pouca, Pessoa Quê-Sê-Diga-
Dê-Como-Foi-Toda-Sua Estrutura ê Como-Aquela-Fazenda Foi-Toda-Montado.
Todas Colunas Dê-Cantos Foi-Com-Grandes Peças Todas-Vigas, Dê-Madeira-
Elas sustentavam as Paredes, de Pau Á-Pique, ali nas Madas, toda Encaixado.
Os Cantos Seguros com Chapa De-Ferro com grandes Parafusos, de Primeira-
Ê Todas Paredes em Lascas de Bambus-Nos Paus a Piques, ali era Amarrado?
Com aqueles, Cipós Bem Escolhidos-Cipó Caboclo, ú Cambira, Cipó São João-
Todo isso Vinha Lá do Mato em Lua-Minguante? Cipó ê Madeira, eram Tirado.
Tudo isso pra Evitar ú Caruncho Ele Não-Corroia, aturava grandioso, Tempão-
Á Cobertura daquele Tempão? Que-Utilizava pra Fazer, aquele Ótimo Telhado.
Aquelas Telhas de Bicas ê Capas, Duas-Bicas, uma Capa, Hoje não usa Mais-
Tudo era na Base do Barro Batido-Todas Paredes eram, assim toda Rebocado.
Isso acabou, Construções, Desse Modelo-Era Permanente, Bom Tempo Atrais-
Com aquele Barro Batido todas Telhas-Da Comunheira, era Tudo Embocado?
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 Essa Velha Fazenda? Certo Foi Á-Primeira do Meu Avô-Que Agente Estimou-
Com toda essa Estrutura, desse Jeito-Aquela Fazendona, no Capricho Erguida.
Todas Pedras Salientes daquele Jeitinho-Que lá um certo Dia, Alguém Arrancou-
Ali dentro daquela Valeta Profunda-No Leito da Terra? estão lá toda Escondida.
Pra ser Levantadas Todas Paredes Do-Primeiro Andar, daquele enorme Porão-
Com aquelas grandes Pedras Nativas-Sem preparo, na Linha Reta era Mantida.
Isso com uma Pedra amarrando á Outra-Era nivelado ê toda naquela Perfeição-
Pra Resistir todo Peso da Parede, Ê-Com fortes trancos, com tremenda Batida?   
Também vai apoiando, aquele Grande-Assoalho, de Tabua em Barrote Pesado-
As Madeiras qualidade quase Todas-Á Peroba, Jacarandá, Pereira, Escolhida.
Todos aqueles Jogos de Portais, Janelas-Ê com Tabuados,Bastante Reforçado-
Tudo isso pra amortecer Diversos Movimentos-Janelas, Portas, para ser Abrida-
Essa Fazenda muitos da Família-Gonçalves Torres, que foram dali um Morador.
Muitos já foi chamado, por Deus-Daquela Fazenda, Fez Sua Eterna Despedida.
Seu Velho Proprietário ú Titular, Á-Tempo Viajou para ú Alem, com Pai Criador-
Incluindo Meu Querido Papai Que-Diversos Anos passou, pra Sua Eterna Vida?
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‘’A Fazenda Velha do Meu Avô’’ Era-Toda Soalhado á Tabua? Bastante Ajustada-
Corpo todo dessa Fazenda Sala Quarto-Assim era o Piso, do Grandioso Casarão.
Mais somente aquela espaçosa Cozinha-Caprichosamente, i muito Bem Cuidada-
Ná Cozinha Seu Piso todo era de Barro-Queimado na forma? dum Grande Tijolão.
Bem ali num certo Canto, estava Ele-Acompanhando, a Metade daquela Parede-
Com uma Ampla Grandiosa Taipa, Ali-Queimado a Lenha, Baita daquele Fogão.
Bem Lá do outro Lado num Canto-Sombrio, praqueles que Vinham Matar Cede-
Umedecer Sua Garganta Ressecada Ê-Abastecendo Seu Velho Sadio Pulmão?
Estava completamente Lotado, Um-Grande Pote de Barro, com Água Cristalina-
Puríssima Colhida com todo Carinho-Vindo da Nascente sem Obter tal Poluição.
Antigamente naquele Tempão-Não-Lhe-Utilizava, nem uma Vasilha de Alumina-
Aquela Água Liquido Precioso, ali Era-Tomado, num Cóetê, ele era tal Canecão.
Naquela Fazenda a Noite no Tempo De-Frio, quando Temperatura Previa Geada.
Ali na Fazenda existia ú Velho Zéca Maia-Tal Mordomo, estimado do Seu Patrão-
Á Noite ali naquele Meio da Cozinha-Já era colocado uma grandiosa Bacia Furada.       
Zéca Maia, na Lenha com Sabugo de Milho Acendia-Fogueira Aquecia-Todo Povão?
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‘’A Fazenda Velha do Meu Avô’’ Ali-Morava ú Zéca Maia? num quarto Separado-
Ele era Pai do Zé Maia da Rosaria, Quase-Somente Trabalhava ali, de Terrereiro.
Assim era Todo Ano, na colheita Do-Café Toda aquela produção, ali era Lavado-
Existia um grande Lavador Feito-Com Cimento, aquele Café Bóia, saia Primeiro.
Era todo aquele Café de meia Ceca-Mesmo molhados ficavam, por cima Boiando-
Abria comporta d.Água do Lavador-Café Bóia saia, pra se esparramar no Terreiro.
Lá todo aquele Café Verde granado Ou-Maduro, ali no Lavador ia todo Afundando-
Por Todo era conhecido de Nome Café-Sereia, daquela Água saia por Derradeiro?
Daí Toda impureza, Terra Pedregulho-Acabavam ficando ali, no fundo do Lavador-
Depois de Todo Café Lavado, no Ralo-Da Bacia de Cimento, Soltava o Aguaceiro.
Aquele Piso Solo do Lavador, Ficava-Tomado daquela Sujeira, que Fez Separador-
Ficava completamente, Transformado-Num Barro Sujo, com aquele Pedregulheiro.
Assim Finar-De Semana Dia de Lavar-Café naquele Lugar-Já ficava Movimentado-
Com processo desse Trabalho, Ocupava-Muita Gente, era preciso de Companheiro.
Ali naquele Serviço Trabalhoso-Eu-Cheguei participar? lá Meu-Suor foi Derrubado-
Eu-Na Minha Mocidade ali com outros Colegas Ná-Fazenda, Também fui Tropeiro?
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‘’A Fazenda Velha do Meu Avô’’ de Tudo Ali-Eu Vou Sentindo Saudosa Saudade-
Ali-Tudo que a Gente Passou Carinhosamente Fui Armazenando, numa Imaginação.
De tudo quanto era movimento, ali Em-Arredor da Fazenda, Reinava uma Amizade-
Ali Não-Gerava-Onda de Falsidade entre Eles Todos só Reinava-Uma Boa Intenção.
Aquele Meu Avô era um Digníssimo-Antonio Gonçalves Torres Sobrinho? Gente Boa-
Foi Homem que considerava Seus-Camaradas com Ele Não-Existia Discriminação.
Meu Avô, somente uma coisa que Ele Não-Suportava Ver Gente embromando Atoa-
Com Ele, qual quer Caboclo, tinha Que-Trabalhar, Ser um Sacudido Lavrando Chão?
Um grande Curral, das Vacas de Leite, Era-Ali na Fazenda Velha, uma Parte Ligado-
Naquela grandiosa escadaria da Porta Da-Sala, que dava tal acesso pro Mangueirão.
Sua produção-De Leite, naquele Tempo Ali-Na Fazenda, era Totalmente Desnatado-
Meu Avô, Possuía uma Desnatadeira De-Leite, movida no Braço embaixo do Porão.
Toda Manteiga daquele Leite, Era-Vendida para? A. G. Borges, Empresa Limitada-
Na Cangalha Lombo de Burro, Pra-Brazópolis, era Transportado, num Par de Latão.
Todo aquele Soro do Leite Desnatado-Servia para Engordar, Bom Lote da Porcada-
Próximo grande Paiol de Milho ali Embaixo-Cercado á Muro um Baita Chiqueirão?
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‘’ Fazenda Velha do Meu Avô’’, Todos-Aqueles Seu, Bom Tempo passado já se Foi-
Muitas coisas que eram Boas, Agora-Estão completamente, quase tudo Diferenciado.
Não existe mais aquela Tropa de Burros-Desapareceu, Velho Manhoso Carro de Boi.
As Duas Velhas Tulhas feita de Madeiras-Tabuadas, Permanecem Todinha Esvaziado.  
Constantemente Ponto de Recolher-Toda Colheita de Café todo Ano grande produção-  
Aquele Café Colhido, Lotava Totalmente-Á Todos dois Enormes Terreiro ali Ladrilhado.
Aqueles Cafezais da Fazenda Todos Anos-Após concluído Colheita dava Sua Catação-
Povão-Da Fazenda existia Colheita Da-Lavoura Branca uma grande Pecuária Cuidado? 
Á que está Existindo na Velha Fazenda-Não será nem a Sombra daquela Antigamente-Parece que o Vento Levou Tudo de Roldão-Tudo ali na Fazenda, pouca coisa Restado.  
Daquela Antiga Fazenda Velha que Eu Ali-Conheci, pra Construção Nova é Deferente-
Na Fazenda Nova Fez com Janela Bem-Menor, Toda com Vidraça, Longe do Passado.
Na Moderna Fazenda Nova Meu Avô Não-Obteve Sorte, Viveu poucos Anos de Vida-
Com Seu 67 Anos de Idade Meu Avô-Faleceu, já Faz Bom Tempo, que foi pro Finado.  
Do Povão-Daquele Tempão-Ali Não-Existe Ninguém da Velha Fazenda fez Sua Saída-
Eu também ali Morei-Á Outro Lugar Mudei-Hoje Moro na Cidade-Oi? Saudade-Doida.
No Meu Peito-Vivi a Machucar-Eu fico sem Jeito-Á Recordar-Í com Face Umedecida-
Eu ‘’Zezé’’ Gonçalves, Relatei-Fazenda Velha Do Meu Avô-Por Mim, é Considerado?
--- F I M - A N O - 2. 0 0 4 --- ‘’ Z E Z É ‘’  G O N Ç A L V E S ---

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