'' A S - N O S S A S - I N F Ã N C I A S - P A S S A D A S ''
--- VERSOS - SERTANEJOS - AUTOR - ''POETA SOLITÁRIO'' ---
*RAUL GONÇALVES*DITÃO GONÇALVES*LUIZÃO GONÇALVES*TONHÃO GONÇALVES*''ZEZÉ''*GONÇALVES*
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Mais que Bom pra Nós Seria-Tempo passado Voltasse um Dia-Novamente
ao Nosso Viver-
Passado de toda Infância-De quando Nós Fomos Criança-Da Nossa
Juventude, ao Crescer-
Pra Nós tudo era Beleza-Ninguém Sentia Dona Tristeza-Naquele Transcorrer? da Mocidade.
Nós após pequenos Compromissos-Nem pensava tais Estrupícios-Brincavam
com Colegas-
Mais tudo quanto foi Bão-Acaba Igual uma Serração-Á Brisa
Ventania, distantes Carregas-
Leva á outras Paragens-Ê Fica Lembranças por Mensagens-Provocando
aquela Saudade.
No Sentido Vem Recordação-Daí Vai Machucando-Coração-Deixando-Lá
Dentro Cicatriz-
Que Bons Tempos de Outrora-Eu fico pensando Ali ê Agora-No
Nosso Tempo Fomo Feliz-
De quando Nós Eram Molecadas-Eram Bons Amigos Camaradas-Nós
Fomos Coletividade.
Ali no Paiol Velho Anos Atrais-Nós era grande grupo de
Rapais-Todos ali no Crescimento-
Era todo meio Criançola-Todo em Formação Extrapola-Só Pensava,
naquele Divertimento-
Todo Nós Molecada Sapeca-Eram todos Levados da Breca-Todo
Brincando com Vontade?
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Nesse Tempo Reinava Simplicidade-Cada um com Sua
Curiosidade-Todo Tinha Invenção-
Todos Brinquedos ali Usados-Por Nós, eles eram Fabricados-Não-Existia,
tal de Evolução-
Mesmo sendo quase que Pacato-Pra Nós aquilo era de Fato-Um
grandioso Objeto de Valor.
Em Nossa Infância Primavera-Aquilo ali pra Nós Tudo Era-Aquele
Brinquedão-Tão-Gostoso-
Cada um Possuía Seu Carrão-Era dirigido no Pé ou na
Mão-Ninguém achava, ele Perigoso-
As Vezes Alguém Machucava-Quando Lá-De Cima
Disparava-Naquele Trilho Prá-Corredor.
Nossa Pista de Corrida-Carregava-Ou Empurrava-Na Subida-Pra
depois, Lá do Alto Soltar-
Aquela Estrada la da Serrinha-Bem desembestado todo
Vinha-Enfrente a Fazenda ia Parar-
Todos Carros quatro Rodinhas-Dú, 'Zezé' Gonçalves? duas Rodinhas-Era um Grande Motor.
Todo Nosso Veiculo Feitio Dê-Pau-Ê-Ninguém? Fazia-Aquele
Mau-Não-Dirigia-Contra Mão-
Á-Serra Paiol Velho Nosso Asfalto-Todo Subia-Bem Lá-No Alto-Descia-Naquele
Chispadão-
Do Pico da Serra Nós dava Largada-Naquela Corrida
Desenfreada-Ninguém Sentia-Temor?
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Assim ali foi um Tempão-Era todas Tardes naquele Estradão-Bairro
Paiol Velho, Fazenda-
Nós sempre criava uma Diversão-Após Fazer alguma Obrigação-Esse
Relato Não-É Lenda-
Quando Não-Tinha nada Fazer-Ali Não-Tinha-Tempo? á
Perder-Naquela Tardinha-Rasteira.
Pra Correr Reunia todo Piloto-Cada qual com ú Seu Carro
Maroto-Corria até não Enxergar-
Ali Ninguém Sentiam Cansaços-Nas Suas Pernas, ê nos
Braços-Com Fibra Garra até Parar-
Tudo aquilo pra Nós era Festa-Paiol Velho Recanto Linda
Floresta-Imbuído, pra Brincadeira.
Minha Irmandade de 05 Irmãos-Papai manda fazer puxado nas
Mãos-01 Carro de Carneiro-
Saturnino um Velhão-Barbudo-Profissional Fazia quase de Tudo-Bão-Excelente Carpinteiro-
Eu Zezé, Possuía todo Arriamento-Na hora qual quer
Momento-Fazia uma Boiada Carreira.
Meu Avô na Sua Fazenda-Tinha um Engenho de Moenda-Papai ê
Mamãe, Fazia Rapadura-
Levantava no Clarear do Dia-Lá pro Engenho Nós Seguia-Moer
Cana ê tomar Garapa Pura-
Um Animal Puxava Engenho-Ali Rodeando com Força Desempenho-Toda
Semana Inteira?
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Papai, Proprietário do Canavial-Zé Paulista um Moço Legal-Cortando
Cana ao Dia Inteiro-
Pai do Zé Paulista, Teófilo Munis-Tal Velho Trabalhava
Feliz-Puxando Cana em Cargueiro-
No Ranchão Cana grande Quantia-Para moer no outro Dia-Na
moenda a Cana era Ingerida.
Naquele Tempão Nossa Vida-Era Boa demais ê muito Divertida-Com
Engenho Trabalhando-
Garapa Fria-Nós Tomava-Raspa do Cocho Nós
Comia-Aproveitava-Que Estava-Sobrando-
Nú-Cocho Batia Melado-Á-Calda quente era Engrossado-Nú-Jogo de Forma toda Enchida.
Fome Ninguém Passava-Cocho Esvaziado-Ficava-Raspado-Nosso Estomago? Abastecia-
Daí-Quando Cede Apertava-Ali-Naquela Bica Nós Baixava-Ê-Tomava-Gostosa? Água Fria-
Sem-Cara Feia-Pai Mãe Nós Ajudava-Barriga Cheia-Sempre Tava-Ninguém
pedia Comida.
Toda Rapadura Fabricado-Pra Casa do Papai era Levado-No Carrinho
i mais Companheiro-
Naquele Lugar ali Separado-Em Nosso Quarto era Guardado-Zezé
ê Tonhão, todo Solteiro-
Ali Nos dois Dormia-Embaixo á Travesseiro pra comer
Escondia-Uma Rapadura Dividida?
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Tempinho Bom, Vida Boa-Ninguém de Nós Possuía Sua Patroa-Para
pegar em Nossos Pés-
Lá-Qual quer Planície Já-Era Campo-Até vim Noite entre
Cirilampo-Ali no Terreiro de Cafés-
Assim era toda Tardinha-Reunia Todos aqueles que Vinha-Descalços com Pés-Ali no Chão.
De acordo que era Quantia-Naquele momento ali se Repartia-Pra
aquela Pelada de Futebol-
Assim Já era Acostumado-Dividia Metade para cada Lado-Mais
Ninguém, queria ser Menor-
Quadra de Grama ou Cimento-Ali á Molecada fechava ú Tempo-Para
um Fortíssimo Rachão.
Na Final-Quem fosse Ganhador-Quem fosse ú
Tal-Perdedor-Discussão-Ali Não-Acontecia-
Pra disputar essa tal Pelada-Tudo ali era em Troca do
Nada-Todo Imbuído naquela Alegria-
Naquele Olhar cada Rosto-Sempre Encontrava todo Disposto-Para
qualquer, uma Diversão.
Ali quase todo tinha Seu Apelido-De Jogador que Foi
Aplaudido-Á Regime, de Profissional-
Época Garrincha, Pelé, Tústão-Nelinho, Didi, Todo queria ser ú
Bão-Numa qualidade Legal-
Todo era ú Craque-Mostrava Destaque-Quadra de Areia-Ê Bola
de Meia-Costurado á Mão?
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Naquele Tempo todo era Feliz-Pra onde apontava ú Seu
Nariz-Numa diversão ia Entrando-
Mais pra cada um da Turminha-Á Vida Adulta para Ele Vinha-Toda
Infância foi Acabando-
Daí cada um Seguiu Caminho-Um pra Longe outro Pertinho-Pegou
diferente Encruzilhada.
Á-Vida Moleca Ficou-Lá-Trais-Prá-Ninguém não Voltou-Mais-Aquela Infância Maravilhosa-
Algum Vivem-Alem Eternamente-Outro arrumou á Sua-Confidente-Vive
Sua-Vida Cor Rosa-
Muitos daqueles Bons Amigões-Mudaram pra outros Rincões-Com
Mulher i Sua Filharada.
Bairro Paiol Velho é Tão-Diferente-Daquela nossa boa
Gente-Quase Não-Tem-É Ninguém-
Existe Velho ditado que Diz-Dona Felicidade nunca cria Raiz-Nem
tudo conserva tão Bem-
Tudo tem principio é Terminado-Com ú Seu Tempo ali
Marcado-Certo final fica em Nadas.
Tudo que Eu aqui Relatei-Muitos desapareceram que nem Sei-Agora
Difícil, Possibilidade-
Talvez nunca vamos Encontrar-Tempo corre Ninguém faz Parar-Esse
Meu dizer é Verdade.
Vai Vida Moça vem Velhice-Encucar isso será grande Tolice-É
Realidade-Ê Confirmadas?
7
Algum se Vive Ainda-Porque Nossa Estrada um Dia Finda-Ê
Somente fica Saudade-
Eu-‘Poeta Solitário’-Da Turma Boa-Hoje Rima Seu-Diário-Sem
Patroa?-Ná-Cidade-
Ná-Vida tudo Acontece-De Ninguém Agente não Esquece-Das Nossas
Infâncias Passadas?
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F I M - A N O - 2. 0 0 5 --- ‘’ Z E Z É
‘’ G O N Ç A L V E S ---
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