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segunda-feira, 13 de julho de 2015

'' N O S S O S - T U R B I L H Õ E S - D Á - S A U D A D E ''

'' N O S S O S – T U R B I L H Õ E S –  D Á – S A U D A D E ''
--- VERSOS - SERTANEJOS - AUTOR - ‘’POETA  SOLITÁRIO’’ ---
--- ‘’ Z E Z É ‘’  G O N Ç A L V E S ---
**''ZEZÉ'' GONÇALVES*Ê*MARIA APARECIDA**
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1
Foi tanta Saudade nesse Peito-Eu fiquei até sem Jeito-Com tanta, Recordação-
Entrando naquela Casinha-Ali bastante coisa Minha-Ferramenta de Estimação. 
Objeto por mim Utilizado-Que depois Ficou-Guardado-Algum deixei pro Chão-
Algum dele perdeu Valor-Com quase Todo, derrubei Suor-Calejou-Minha Mão.
Com todo senti Saudade-Deixei a Roça não por Vaidade-Aconteceu certo Dia-
De um a um Eu Recordei-Por que motivo Comprei-Todos eles, teve Serventia.
Algum parece coisa Á-Toa-Utilidade Dá-Minha Patroa-Muitos anos teve Valia-
Tudo foi a Vida Passada-Quando Nós não tinha Nada-União que Casal Inicia?
2
Nossa Velha Cama de Dormi-Ai? quanta Saudade Senti-Santa Meiga Querida-
Nosso Travesseiro de Casamento-Taboa fazia Enchimento-Pra noite Dormida.
Ali numa caixa meia Aberta-Toda cheia de Coberta-Noites frias foi Aquecida-
Algum calçado Dela-Velho Sapato algum par de Chinela-Da Maria Aparecida.
Antigo Bule, Velha Chaleira-Panela de Ferro Frigideira-Caçarola ê Caldeirão-
Um punhado de Talheres-Velhos Garfos i Colheres-No passado teve Servidão.
Um Pilãozinho de socar Alho-Era Nosso quebra Galho-Fazendo tempero Bão-
Pra moer Carne de Vaca-Maquina cortava igual Faca-Cambito Girado á Mão?
3
Ferro de passar Roupa a Brasa-Ele Lá-Em Nossa Casa-Esquentava-Á-Carvão-  
Café era torrado no Torrador-Á Mulher derrubava Suor-No meio do Fumação.
Uma velha chapa toda Trincada-Ali bastante Queimada-Com lenha do Fogão-
Á velha Prateleirinha-Á velha Mesa de Cozinha-Nela Preparava, Alimentação.
Maquina de pé ELGIN-Nela Representou Á-Mim-Á-Meiga Maria, Costurando-
De Madeira Quadrado-01 Ralão-Todo Furado-Ú Folhão-Velhão-Enferrujando.
Minha Mulher Companheira-Preparava fruta de Primeira-No Ralo ia Ralando-
Diversa fruta Cidra Mamão-Fazia aquele doce Bão-Ali na Lenha Cozinhando?
4
Quando Viemos para Cidade-Pra matar, Mil Saudade-Relembrar Nossa Roça-
Muita coisa foi Me Ajudado-Com Tempo ficou Encostado-Eu Amei essa Joça.
Retrato da Minha Vida Dura-Só Vivia na Dependura-Ainda com, Pele Grossa-
No canto Minha traia Encostei-Ali Olhando ela, Chorei-Meus Olhos Fez Poça. 
Ali Lembrei meus Animais-Quanta Saudade mê Trais-Da Tropa Trabalhadeira-
Cada peça do Arriamento-Recordei Meu Sofrimento-No Sol ê Chuva ê Poeira.
Lembrei Égua Baia-Firme na Raia-Cavalo Castanho-Suor Banho-Ê Qualheira-
Puxando Leite firme no Trilho-Lembrei Cavalo Tordilho-Pro Varal Bagageira?
5
Á-Baia Paulista-Égua Machista-Égua Rebeca-Segurou Peteca-Lá-Fui Leiteiro- 
Cavalo Alazão-Puxou Sete Latão-De 50 Litrão-Lotado-Tampado-Trajeto Inteiro.  
Vi-Ali-Latão-Furado-Tempão-Andou Lotado-Prú Estradão-Servição-Rotineiro-
Rêio Couro Cru-Cabo Guatambu-Velho Chapéu-Abrigo? do Céu-Sol Braseiro.
Bota Borracha Branca-Balança-Dê-Madeira Tropa Mansa-Tudo era Arrastado-
Ná Corrente-Animais Dê-Primeira-Frequente-Puxou, Madeira-Bagageira-Arado. 
Meu Laço de náilon Algodão-Pra amarrar no Mourão-Todas cabeças de Gado-
Na marca de Ferro J.3-Minhas criações diversas Vez-Meu nome foi Marcado?
6
Toda ferramenta já Aposentado-Naquele Tempo Passado-Foi Meu ganha Pão-
Enxada-02-Caras ali Enferrujada-Meu xodó, de Empreitada-Ali Lavrei Sertão.
Á Foice J.B marca Afamada-Velha Cavadeira Desbocada-Um velho Enxadão-
Machado marca Corneta-Cunha de Ferro ê Marreta-Rachava Lenha, Mourão.
Martelo Alicate, Torquês-Pé de Cabra muita Vez-Muito pregos Foi Arrancado- 
Maquina plantei Arroz Feijão-Ferramenta lida do Terreirão-Ê Arrozal Cortado. 
Rastelos madeiras feito a Mão-De ferro-03-Baita Ganchão-De cerra Volteado-
Agulha ponta Torta-Presa atrais da Porta-Saco de Milho i Café foi Costurado?
7
Velho porta Chapéu-Encostado no Canto A-Leu-De madeira Jacarandá-Ú Tar-
Alguma Cadeira de Encosto-Agente sentava com Gosto-Pro Corpo Descansar.
Um Banco de madeira que Eu Fiz-Agente sentia todo Feliz-Ali nele, ia Sentar-
Lugar-Era lá na Cozinha-Naquela modesta Casinha-Aonde Nós Fomos Morar.
Lá começamos nossa Vida-Eu com Maria Aparecida-Rainha-Ê Minha-Paixão-
Nossa Vida foi Barra Pesada-Eu fui puxador de Enxada-Sinto honrar Geração.
Tenho muita coisa Guardado-No Peito foi Armazenado-No fundo do Coração-
Obtive Meu maior Prazer-Daquele dia Eu Conhecer-Maria na Fazenda Matão?
8
Ali com a Bonita Menina-Nós entramos em Rotina-Vida de Casal Trabalhosa-
Par de Bota Borracha n°/ 36 Guardei-Daquela que Eu Amei-Mulher Amorosa.
Bica d.Água Maria Lavou Roupa-Pra evitar os Pés na Sopa-Semana Chuvosa-
Meu calçado é Sapatão-Não-Sou Homem Granfinão-Maria? não Foi Orgulhosa.
Quase tudo após deixar Querência-Ná-Nova Residência-Carreguei Pa-Cidade-
Muito objeto que foi Uso-Guardei nunca será um Intruso-Digo na Sinceridade.  
Nessa Brazópolis não fui Feliz-Deus Onipotente não Quis-Comigo Felicidade-
Não lamento contra Deus-Ele findou prazeres Meus-Maria foi pra Eternidade?
9
Nesse Relatar-Tudo Representa-Minha Cachola Esquenta-Pensar-Tal Realidade-
Um Dia-Aonde Está-Maria?-Eu Vou-Aqui Estou-Firmão-Nesse Chão-É Verdade.
Ná-Vida Tudo Acontece-Passado Não-Esquece-Nossos Turbilhões Dá-Saudade?
--- F I M - A N O - 2. 0 0 5 --- ‘’ Z E Z É ‘’  G O N Ç A L V E S ---

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